quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Fim de Curso...




É um longo túnel do tempo
E lá no finzinho tem uma saída
E passa ligeiro feito vento
E fico sem saber o que fazer da vida.


segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Pra Sempre


Por que Deus permite
Que as Mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.

Morrer acontece
com o que é breve e se passa
sem deixar vestígios.
Mãe, na sua graça, é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo –
de tira-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
Baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
Mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.”

(Carlos Drummond de Andrade)


sábado, 10 de outubro de 2009

ESCLARECIMENTOS SOBRE OS ÚLTIMOS EPISÓDIOS VEICULADOS PELA MÍDIA [MST]



Diante dos últimos episódios que envolvem o MST e vêm repercutindo na mídia, a direção nacional do MST vem a público se pronunciar.

1. A nossa luta é pela democratização da propriedade da terra, cada vez mais concentrada em nosso país. O resultado do Censo de 2006, divulgado na semana passada, revelou que o Brasil é o país com a maior concentração da propriedade da terra do mundo. Menos de 15 mil latifundiários detêm fazendas acima de 2,5 mil hectares e possuem 98 milhões de hectares. Cerca de 1% de todos os proprietários controla 46% das terras.



2. Há uma lei de Reforma Agrária para corrigir essa distorção histórica. No entanto, as leis a favor do povo somente funcionam com pressão popular. Fazemos pressão por meio da ocupação de latifúndios improdutivos e grandes propriedades, que não cumprem a função social, como determina a Constituição de 1988.



A Constituição Federal estabelece que devem ser desapropriadas propriedades que estão abaixo da produtividade, não respeitam o ambiente, não respeitam os direitos trabalhistas e são usadas para contrabando ou cultivo de drogas.



3. Também ocupamos as fazendas que têm origem na grilagem de terras públicas, como acontece, por exemplo, no Pontal do Paranapanema e em Iaras (empresa Cutrale), no Pará (Banco Opportunity) e no sul da Bahia (Veracel/Stora Enso). São áreas que pertencem à União e estão indevidamente apropriadas por grandes empresas, enquanto se alega que há falta de terras para assentar trabalhadores rurais sem terras.



4. Os inimigos da Reforma Agrária querem transformar os episódios que aconteceram na fazenda grilada pela Cutrale para criminalizar o MST, os movimentos sociais, impedir a Reforma Agrária e proteger os interesses do agronegócio e dos que controlam a terra.



5. Somos contra a violência. Sabemos que a violência é a arma utilizada sempre pelos opressores para manter seus privilégios. E, principalmente, temos o maior respeito às famílias dos trabalhadores das grandes fazendas quando fazemos as ocupações. Os trabalhadores rurais são vítimas da violência. Nos últimos anos, já foram assassinados mais de 1,6 mil companheiros e companheiras, e apenas 80 assassinos e mandantes chegaram aos tribunais. São raros aqueles que tiveram alguma punição, reinando a impunidade, como no caso do Massacre de Eldorado de Carajás.



6. As famílias acampadas recorreram à ação na Cutrale como última alternativa para chamar a atenção da sociedade para o absurdo fato de que umas das maiores empresas da agricultura - que controla 30% de todo suco de laranja no mundo - se dedique a grilar terras. Já havíamos ocupado a área diversas vezes nos últimos 10 anos, e a população não tinha conhecimento desse crime cometido pela Cutrale.



7. Nós lamentamos muito quando acontecem desvios de conduta em ocupações, que não representam a linha do movimento. Em geral, eles têm acontecido por causa da infiltração dos inimigos da Reforma Agrária, seja dos latifundiários ou da policia.



8. Os companheiros e companheiras do MST de São Paulo reafirmam que não houve depredação nem furto por parte das famílias que ocuparam a fazenda da Cutrale. Quando as famílias saíram da fazenda, não havia ambiente de depredações, como foi apresentado na mídia. Representantes das famílias que fizeram a ocupação foram impedidos de acompanhar a entrada dos funcionários da fazenda e da PM, após a saída da área. O que aconteceu desde a saída das famílias e a entrada da imprensa na fazenda deve ser investigado.



9. Há uma clara articulação entre os latifundiários, setores conservadores do Poder Judiciário, serviços de inteligência, parlamentares ruralistas e setores reacionários da imprensa brasileira para atacar o MST e a Reforma Agrária. Não admitem o direito dos pobres se organizarem e lutarem.



Em períodos eleitorais, essas articulações ganham mais força política, como parte das táticas da direita para impedir as ações do governo a favor da Reforma Agrária e "enquadrar" as candidaturas dentro dos seus interesses de classe.



10. O MST luta há mais de 25 anos pela implantação de uma Reforma Agrária popular e verdadeira. Obtivemos muitas vitórias: mais de 500 mil famílias de trabalhadores pobres do campo foram assentados. Estamos acostumados a enfrentar as manipulações dos latifundiários e de seus representantes na imprensa.



À sociedade, pedimos que não nos julgue pela versão apresentada pela mídia. No Brasil, há um histórico de ruptura com a verdade e com a ética pela grande mídia, para manipular os fatos, prejudicar os trabalhadores e suas lutas e defender os interesses dos poderosos.



Apesar de todas as dificuldades, de nossos erros e acertos e, principalmente, das artimanhas da burguesia, a sociedade brasileira sabe que sem a Reforma Agrária será impossível corrigir as injustiças sociais e as desigualdades no campo. De nossa parte, temos o compromisso de seguir organizando os pobres do campo e fazendo mobilizações e lutas pela realização dos direitos do povo à terra, educação e dignidade.



São Paulo, 9 de outubro de 2009



DIREÇÃO NACIONAL DO MST
Fonte: Mídia Independente

domingo, 4 de outubro de 2009

Diga NÃO à violência doméstica!
O direito de ser feliz começa em Casa
Tome uma atitude. Diga Não à Violência doméstica.
Participe do Ato contra a violência:
dia 07 de outubro - a partir das 12 hs – na Lagoa

Em briga de marido e mulher, todos têm que meter a colher – o poder público, a família, a sociedade. A violência doméstica é CRIME, precisa ser denunciado e punido, nunca justificado ou desculpado. Ela é praticada pelo marido, ex-marido, companheiro, amante, namorado e também acontece nas relações homoafetivas.
A violência praticada contra as mulheres é motivada pelas desigualdades entre homens e mulheres e pelas relações de poder, pelo machismo! Em agosto de 2006, foi assinada a Lei 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha, que coíbe e previne a violência contra a mulher.

AS MULHERES ESTÃO MORRENDO POR SEREM MULHERES!
QUEREMOS O CUMPRIMENTO DA LEI MARIA DA PENHA JÁ!

Veja os números da violência contra a mulher na Paraíba (de janeiro a setembro de 2009).
30 mulheres assassinadas - 17 sofreram tentativa de homicídio
40 foram vítimas de estupro

Telefones para contato: Centro da Mulher: 3045.8785
Centro de Referência da Mulher: 0800 283 3883
Disque denúncia nacional: 180