quarta-feira, 30 de julho de 2008

Vienna - Billy Joey

Devagar, sua criança louca
Você é tão ambiciosa para um jovem
Mas então se você é tão esperta, me diga porque você ainda tem medo?
Onde está o fogo? pra que é a pressa?
É melhor você aproveitar isso antes que você perca
Você tem muito o que fazer e apenas tantas horas em um dia

Você não sabe que quando a verdade é contada
Que você pode conseguir o que quer ou você pode apenas ficar velho?
Você vai desistir antes mesmo de passar metade do caminho
Quando você perceberá que vienna espera por você?

Devagar, você está indo bem
Você não pode ser tudo que você quer ser antes do seu tempo
Embora é tão romântico no limite hoje a noite
Tão ruim, mas é a vida que você leva
Você está tão adiante de si mesmo que você esqueceu o que você precisa
Apesar que você pode ver quando você está errado
Você sabe, você não pode sempre ver quando você está certo

Você tem sua paixão, você tem seu orgulho
Mas você não sabe que apenas bobos estão satisfeitos?
Sonhe, mas não imagine que eles todos se realizarão
Quando você perceberá que vienna espera por você?

Devagar, sua criança louca
Tire o telefone do gancho e desapareça por um instante
Está tudo bem você pode permitir-se de perder um dia ou dois
Quando você perceberá que vienna espera por você?
Quando você perceberá que vienna espera por você?

quarta-feira, 9 de julho de 2008


A Lista (Oswaldo Montenegro)


Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar
Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora
Hoje é do jeito que achou que seria?
Quantos amigos você jogou fora
Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você
Quantas mentiras você condenava
Quantas você teve que cometer
Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você

terça-feira, 8 de julho de 2008

Mais uma vez, quase um século sem escrever nada por aqui...
Mais uma vez sem tempo, e sem ânimo também, não vou negar.
Mas, já dizia Chico: a gente vai levando!

Estive pensando nesses dias sobre o ser humano e sua coerência. Como às vezes somos incoerentes com nosso discurso, até mesmo com nossos próprios pensamentos e ideologias. Será que faz parte da essência humana crer tão intensamente em algo, sem entretanto trazer esse pensamento para o seu cotidiano? E eu, enquanto alguém que se propõe a pensar em mudanças na sociedade, em quebra de paradigmas, em transformação social, estou eu em acordo com meus pensamentos? Estou agindo coerentemente com minhas ideologias? Minha praxis é um reflexo do meu pensamento teórico?
Precisamos deixar de esperar que algo incrível aconteça, precisamos deixar de aguardar que a mudança revolucionária chegue em nossa vida como aquele um relâmpago que começa a inflamar as chamas de uma floresta. A mudança começa em cada um de nós, fazendo o que podemos, dentro de nossas limitações, e sem deixar de tentar rompê-las. Se cada um começar a dialogar com sua família, sua vizinhança, começar a ter atitudes coerentes com seus pensamentos, sem morrer apenas no discurso, mas dando-lhe um conteúdo prático, já será um pequeno raio, que trará as primeiras faíscas de um grande fogo.
É preciso mais coerência, começar a viver aquilo que a gente tanto pensa, e que é bom.