Mais uma vez, quase um século sem escrever nada por aqui...
Mais uma vez sem tempo, e sem ânimo também, não vou negar.
Mas, já dizia Chico: a gente vai levando!
Estive pensando nesses dias sobre o ser humano e sua coerência. Como às vezes somos incoerentes com nosso discurso, até mesmo com nossos próprios pensamentos e ideologias. Será que faz parte da essência humana crer tão intensamente em algo, sem entretanto trazer esse pensamento para o seu cotidiano? E eu, enquanto alguém que se propõe a pensar em mudanças na sociedade, em quebra de paradigmas, em transformação social, estou eu em acordo com meus pensamentos? Estou agindo coerentemente com minhas ideologias? Minha praxis é um reflexo do meu pensamento teórico?
Precisamos deixar de esperar que algo incrível aconteça, precisamos deixar de aguardar que a mudança revolucionária chegue em nossa vida como aquele um relâmpago que começa a inflamar as chamas de uma floresta. A mudança começa em cada um de nós, fazendo o que podemos, dentro de nossas limitações, e sem deixar de tentar rompê-las. Se cada um começar a dialogar com sua família, sua vizinhança, começar a ter atitudes coerentes com seus pensamentos, sem morrer apenas no discurso, mas dando-lhe um conteúdo prático, já será um pequeno raio, que trará as primeiras faíscas de um grande fogo.
É preciso mais coerência, começar a viver aquilo que a gente tanto pensa, e que é bom.
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