“Amanhã”, disse certa vez um gari da Prefeitura de
Brasília, ao discutir o conceito de cultura, “vou entrar no
meu trabalho de cabeça para cima”. É que descobrira o
valor de sua pessoa. Afirmava-se. “Sei agora que sou
culto”, afirmou enfaticamente um idoso camponês. E ao
se lhe perguntar por que se sabia, agora, culto, respondeu
com a mesma ênfase: “Porque trabalho e trabalhando
transformo o mundo”.
Reconhecidos, logo na primeira situação, os dois
mundos — o da natureza e o da cultura e o papel do
homem nesses dois mundos — vão se sucedendo outras
situações, em que ora se fixam, ora se ampliam as áreas
de compreensão do domínio cultural.
Não se deve apenas estar no mundo, mas estar com o mundo!
(Paulo Freire - "Educação como prática de liberdade").
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