Eu posso ter tido muitas outras paixões nesses vinte e poucos anos.
Posso até ter enlouquecido algumas vezes.
Mas nunca, em toda a minha existência, fui tão apaixonada pelo que a gente conhece como vida.
É algo um tanto inexplicável, mas perfeitamente possível de sentir.
Foi um encontro inesperado com uma forma de liberdade que eu jamais tive. Aquela liberdade genuína de ser e de pensar. De olhar pra qualquer lado e poder andar sem rumo.
É um quase mergulho num oceano vasto, grande, sem limites.
E eu não me esforço nem um pouco para nadar.
Apenas flutuo de qualquer jeito (do jeito que eu quero), e me deixo levar pelas ondas
(que agora são mansas e leves), num sábado de sol tranquilo.
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