O quereres e o estares sempre a fim
Do que em ti é em mim tão desigual
Faz-me querer-te bem, querer-te mal
Bem a ti, mal ao quereres assim
Infinitivamente impessoal
E eu querendo querer-te sem ter fim
E, querendo-te, aprender o total
Do querer que há, e do que não há em mim
quinta-feira, 24 de março de 2011
terça-feira, 22 de março de 2011
Apartamento de transexual brasileira é incendiado em Roma
O apartamento de uma transexual brasileira foi incendiado na manhã desta terça-feira (22/03) em Roma, de acordo com fontes locais. A brasileira, de 43 anos, estava dormindo no local quando o fogo começou. Os vizinhos perceberam o incêndio e chamaram a polícia.
O apartamento fica na região Tomba di Nerone, na capital italiana. A polícia não encontrou vestígios de líquido inflamável no local, e não excluiu a hipótese do acidente ter sido causado por descuido da própria brasileira, pois a porta da casa estava trancada e não havia sinais de arrombamento.
"Alguém incendiou minha casa porque eu era amiga de Brenda", disse a brasileira, referindo-se a outra transexual brasileira que foi morta em 2009, depois de seu nome aparecer em um escândalo envolvendo um político italiano.
Os restos mortais de Brenda foram achados carbonizados em seu apartamento em novembro de 2009, semanas após a divulgação de um vídeo em que o então governador do Lazio, Piero Marrazzo, aparecia na companhia de travestis.
Fonte: Opera Mundi
O apartamento fica na região Tomba di Nerone, na capital italiana. A polícia não encontrou vestígios de líquido inflamável no local, e não excluiu a hipótese do acidente ter sido causado por descuido da própria brasileira, pois a porta da casa estava trancada e não havia sinais de arrombamento.
"Alguém incendiou minha casa porque eu era amiga de Brenda", disse a brasileira, referindo-se a outra transexual brasileira que foi morta em 2009, depois de seu nome aparecer em um escândalo envolvendo um político italiano.
Os restos mortais de Brenda foram achados carbonizados em seu apartamento em novembro de 2009, semanas após a divulgação de um vídeo em que o então governador do Lazio, Piero Marrazzo, aparecia na companhia de travestis.
Fonte: Opera Mundi
segunda-feira, 21 de março de 2011
Tudo reflete naquela coisa de querer ser ouvido.
Todo mundo anseia pelo momento da fala. É algo quase que mecânico querer falar, falar e falar mais.
Essa história toda de twitter, blog e coisas internauticamente sociais... A gente quer no fundo é ser ouvido.
Engraçado... "ser ouvido" implica necessariamente no ato de falar.
A expressão devia mesmo era "ser boca".
O bom de ter um blog é poder escrever essas besteiras e, não necessariamente, "ser olhada".
Todo mundo anseia pelo momento da fala. É algo quase que mecânico querer falar, falar e falar mais.
Essa história toda de twitter, blog e coisas internauticamente sociais... A gente quer no fundo é ser ouvido.
Engraçado... "ser ouvido" implica necessariamente no ato de falar.
A expressão devia mesmo era "ser boca".
O bom de ter um blog é poder escrever essas besteiras e, não necessariamente, "ser olhada".
sábado, 19 de março de 2011
Assédio no trabalho: de quem é a culpa?
Maria Berenice Dias
Ora, nem é preciso perguntar de quem é a culpa pelo assédio no trabalho. A resposta é tão óbvia! Claro que a culpa é da mulher.
Alguém duvida disso? Sempre que é feita alguma denúncia de assédio, a pergunta que não quer calar é: qual o cumprimento de sua saia? O tamanho de seu decote? O que estava fazendo àquela hora sozinha no local de trabalho? E,diante da assertiva de que o assédio persiste há algum tempo, a pergunta é: porque não denunciou antes?
Todos estes questionamentos nada mais são do que tentativas dedesculpar o agressor e impor à vítima a responsabilidade pelo ocorrido. Afinal, é necessário averiguar se a mulher não se afastou do padrão de comportamento que a sociedade sempre lhe impôs.
Não se pode olvidar que em nossa sociedade patriarcal, a mulher nunca desempenhou nenhum papel, tinha uma posição subalterna, de submissão, restrita à esfera doméstica e exercendo atividades que nunca foram valoradas. A ela restava o reduto doméstico, com a única função de criar os filhos, enquanto o espaço público era reservado aos homens. A mulher casada tinha sua capacidade reduzida, sendo desprovida do direito de autodeterminar-se. Considerada propriedade do marido, devia a ele submissão e respeito.
Estava sujeita a uma verdadeira servidão sexual. Sempre foi vedada à mulher qualquer manifestação de prazer sexual, prerrogativa só garantia ao homem tanto fora quanto antes do casamento. Com relação ao chamado sexo frágil sempre se associou honestidade a recato, isto é, uma postura assexuada. Daí o tabu da
virgindade, quase como um selo de garantia de sua castidade, tudo isto para dar certeza ao homem da legitimidade da sua prole. A única notícia da atividade sexual feminina sempre foi a gravidez dentro do casamento.
A preservação da virgindade, como símbolo de castidade e honradez, era atributo indispensável para o casamento. Assim, os contatos sexuais, ainda que consentidos, quando descobertos pelos pais, eram denunciados como tendo ocorrido mediante violência, contra a vontade da vítima, como delitos sexuais, com a finalidade de resgatar a reputação da família.
Por tal, nos processos decorrentes dos crimes contra os costumes (como são chamados os crimes contra a liberdade sexual), questiona-se a palavra da vítima, cuja credibilidade resta comprometida. Daí sempre ter sido desacreditada a palavra da mulher. É mais difícil aceitar sua versão, valendo muito mais o depoimento do homem.
As lutas emancipatórias, o surgimento dos métodos contraceptivos, o ingresso da mulher no mercado de trabalho, ainda que tenham trazido melhorias na condição feminina, não alteraram a hierarquização do poder. Na atividade profissional permanece esta posição hierarquizada, verticalizada. Os cargos de mando ainda estão na mão dos homens e as mulheres levaram para a esfera pública o sentimento de servilismo.
Por isso, diante da prática de assédio, a necessidade de manter o emprego, a humilhação e o constrangimento levam as mulheres a se calarem e não referir o ocorrido sequer no âmbito familiar, por vergonha de contar o que aconteceu.
A dificuldade de denunciar, de ir atrás da Justiça decorre de um componente de ordem histórica e cultural. Em face da sacralização do conceito de família com sua feição patriarcal, permanece nítida a hierarquização entre o homem e a mulher.
Com a evolução da sociedade, veio a Constituição Federal decantar os novos direitos assegurados à mulher, que passaram a ter visibilidade e a ser considerados como direitos humanos. A mulher adquiriu a liberdade de escolher seus parceiros e de decidir sobre seu corpo.
O aumento da participação da mulher no espaço público deveria colocá-la em condições de igualdade, não refletindo no âmbito do trabalho as diferenças dos papéis existentes na sociedade. Descabe persistir qualquer resquício de submissão que envolva questão de poder. Porém, como os homens ainda predominam nas chefias das empresas públicas e privadas, passaram eles a usar uma nova maneira de obter favores femininos: a ameaça da demissão, da nãoascensão profissional.
Como o assunto ainda é tabu, as mulheres calam por medo de não serem acreditadas. Além da dificuldade de denunciar, é também difícil comprovar. É um homem frente a uma mulher, um superior ante um subalterno, a palavra de um contra a de outro. Ao depois, existe um grave preconceito de que houve provocação por parte da vítima, acabando-se por investigar o comportamento da denunciante.
Confunde-se liberdade sexual com a eliminação do direito de escolha. Não se atenta em que as mulheres, por serem livres, não são disponíveis para todos.
O certo é que as mulheres se calam por falta de mecanismos e espaço social que empreste credibilidade às suas palavras. É mister que o conceito de honestidade feminina não mais seja vinculado à sua atividade sexual e que se passe a acreditar que, quando ela denuncia, é porque foi vítima.
Assim, indispensável que haja a adoção de políticas de orientação e prevenção ao assédio moral e sexual, como forma de inibir os comportamentos indevidos. É importante que os departamentos de recursos humanos das empresas e órgãos públicos sejam capacitados para servir como consultores e orientadores, a
estimular a denúncia de fatos que podem caracterizar qualquer espécie de constrangimento ou aproximação indesejada.
Por enquanto, os únicos culpados são o medo e o silêncio.
Texto disponível em: www.mariaberenice.com.br
Ora, nem é preciso perguntar de quem é a culpa pelo assédio no trabalho. A resposta é tão óbvia! Claro que a culpa é da mulher.
Alguém duvida disso? Sempre que é feita alguma denúncia de assédio, a pergunta que não quer calar é: qual o cumprimento de sua saia? O tamanho de seu decote? O que estava fazendo àquela hora sozinha no local de trabalho? E,diante da assertiva de que o assédio persiste há algum tempo, a pergunta é: porque não denunciou antes?
Todos estes questionamentos nada mais são do que tentativas dedesculpar o agressor e impor à vítima a responsabilidade pelo ocorrido. Afinal, é necessário averiguar se a mulher não se afastou do padrão de comportamento que a sociedade sempre lhe impôs.
Não se pode olvidar que em nossa sociedade patriarcal, a mulher nunca desempenhou nenhum papel, tinha uma posição subalterna, de submissão, restrita à esfera doméstica e exercendo atividades que nunca foram valoradas. A ela restava o reduto doméstico, com a única função de criar os filhos, enquanto o espaço público era reservado aos homens. A mulher casada tinha sua capacidade reduzida, sendo desprovida do direito de autodeterminar-se. Considerada propriedade do marido, devia a ele submissão e respeito.
Estava sujeita a uma verdadeira servidão sexual. Sempre foi vedada à mulher qualquer manifestação de prazer sexual, prerrogativa só garantia ao homem tanto fora quanto antes do casamento. Com relação ao chamado sexo frágil sempre se associou honestidade a recato, isto é, uma postura assexuada. Daí o tabu da
virgindade, quase como um selo de garantia de sua castidade, tudo isto para dar certeza ao homem da legitimidade da sua prole. A única notícia da atividade sexual feminina sempre foi a gravidez dentro do casamento.
A preservação da virgindade, como símbolo de castidade e honradez, era atributo indispensável para o casamento. Assim, os contatos sexuais, ainda que consentidos, quando descobertos pelos pais, eram denunciados como tendo ocorrido mediante violência, contra a vontade da vítima, como delitos sexuais, com a finalidade de resgatar a reputação da família.
Por tal, nos processos decorrentes dos crimes contra os costumes (como são chamados os crimes contra a liberdade sexual), questiona-se a palavra da vítima, cuja credibilidade resta comprometida. Daí sempre ter sido desacreditada a palavra da mulher. É mais difícil aceitar sua versão, valendo muito mais o depoimento do homem.
As lutas emancipatórias, o surgimento dos métodos contraceptivos, o ingresso da mulher no mercado de trabalho, ainda que tenham trazido melhorias na condição feminina, não alteraram a hierarquização do poder. Na atividade profissional permanece esta posição hierarquizada, verticalizada. Os cargos de mando ainda estão na mão dos homens e as mulheres levaram para a esfera pública o sentimento de servilismo.
Por isso, diante da prática de assédio, a necessidade de manter o emprego, a humilhação e o constrangimento levam as mulheres a se calarem e não referir o ocorrido sequer no âmbito familiar, por vergonha de contar o que aconteceu.
A dificuldade de denunciar, de ir atrás da Justiça decorre de um componente de ordem histórica e cultural. Em face da sacralização do conceito de família com sua feição patriarcal, permanece nítida a hierarquização entre o homem e a mulher.
Com a evolução da sociedade, veio a Constituição Federal decantar os novos direitos assegurados à mulher, que passaram a ter visibilidade e a ser considerados como direitos humanos. A mulher adquiriu a liberdade de escolher seus parceiros e de decidir sobre seu corpo.
O aumento da participação da mulher no espaço público deveria colocá-la em condições de igualdade, não refletindo no âmbito do trabalho as diferenças dos papéis existentes na sociedade. Descabe persistir qualquer resquício de submissão que envolva questão de poder. Porém, como os homens ainda predominam nas chefias das empresas públicas e privadas, passaram eles a usar uma nova maneira de obter favores femininos: a ameaça da demissão, da nãoascensão profissional.
Como o assunto ainda é tabu, as mulheres calam por medo de não serem acreditadas. Além da dificuldade de denunciar, é também difícil comprovar. É um homem frente a uma mulher, um superior ante um subalterno, a palavra de um contra a de outro. Ao depois, existe um grave preconceito de que houve provocação por parte da vítima, acabando-se por investigar o comportamento da denunciante.
Confunde-se liberdade sexual com a eliminação do direito de escolha. Não se atenta em que as mulheres, por serem livres, não são disponíveis para todos.
O certo é que as mulheres se calam por falta de mecanismos e espaço social que empreste credibilidade às suas palavras. É mister que o conceito de honestidade feminina não mais seja vinculado à sua atividade sexual e que se passe a acreditar que, quando ela denuncia, é porque foi vítima.
Assim, indispensável que haja a adoção de políticas de orientação e prevenção ao assédio moral e sexual, como forma de inibir os comportamentos indevidos. É importante que os departamentos de recursos humanos das empresas e órgãos públicos sejam capacitados para servir como consultores e orientadores, a
estimular a denúncia de fatos que podem caracterizar qualquer espécie de constrangimento ou aproximação indesejada.
Por enquanto, os únicos culpados são o medo e o silêncio.
Texto disponível em: www.mariaberenice.com.br
quarta-feira, 16 de março de 2011
Solidariedade à luta “Contra o aumento da tarifa de ônibus” e repúdio à criminalização do movimento promovida pelos empresários do transporte coletivo em João Pessoa-PB
Desde o final de dezembro de 2010 as mobilizações contra o aumento no preço da passagem e má qualidade dos serviços de transporte coletivo ocorrem, pressionando nas ruas os governos por um modelo de mobilidade urbana que atenda às necessidades dos trabalhadores brasileiros.
A organização e mobilização popular é necessária para que qualquer transformação possa ocorrer no país e esse é o papel que cumprem os movimentos sociais: cobrar e pressionar por melhorias nas condições de vida da população! Porém, este não é o interesse dos ricos e das classes dominantes.
O militante do DCE UFPB, Enver José Lopes Cabral, está sendo intimado e será processado, a pedido dos empresários dos transportes e do Ministério Público da Paraíba, por participar das manifestações. Este fato caracteriza a clara perseguição que os militantes sociais sofrem por lutar em defesa dos interesses da população. E o que causa mais espanto é que o Ministério Público (MP) se posiciona e atua como os empresários do transporte!
No dia 12 de janeiro, 5ª mobilização realizada em João Pessoa, os donos das empresas de transporte da Capital, horrorizados com a força dos estudantes nas ruas, resolveram declaradamente agredir e criminalizar os militantes sociais. Contrataram cerca de 30 capangas armados (vestidos de motoristas) e em comum acordo com a “direção” do sindicato dos motoristas de ônibus, assediaram moralmente cobradores e motoristas com advertências nas empresas, forçando-os a irem às ruas para defenderem os patrões. Os capangas junto com a “direção” do sindicato foram em nosso Ato Público e partiram para agressão na tentativa de intimidar o movimento. Agora, após mais de um mês da manifestação, o militante do DCE UFPB é intimado pela polícia para responder por agressão.
Toda a população de João Pessoa acompanhou o movimento pacífico que fizemos e estamos fazendo, desde 29 de dezembro. Não vamos nos calar diante dessa injustiça e declarada perseguição aos movimentos sociais que buscam uma transformação no país! Pedimos a solidariedade de todos os militantes, entidades e organizações sociais que assim como nós, estão na luta por um Brasil dos trabalhadores e trabalhadoras!
A organização e mobilização popular é necessária para que qualquer transformação possa ocorrer no país e esse é o papel que cumprem os movimentos sociais: cobrar e pressionar por melhorias nas condições de vida da população! Porém, este não é o interesse dos ricos e das classes dominantes.
O militante do DCE UFPB, Enver José Lopes Cabral, está sendo intimado e será processado, a pedido dos empresários dos transportes e do Ministério Público da Paraíba, por participar das manifestações. Este fato caracteriza a clara perseguição que os militantes sociais sofrem por lutar em defesa dos interesses da população. E o que causa mais espanto é que o Ministério Público (MP) se posiciona e atua como os empresários do transporte!
No dia 12 de janeiro, 5ª mobilização realizada em João Pessoa, os donos das empresas de transporte da Capital, horrorizados com a força dos estudantes nas ruas, resolveram declaradamente agredir e criminalizar os militantes sociais. Contrataram cerca de 30 capangas armados (vestidos de motoristas) e em comum acordo com a “direção” do sindicato dos motoristas de ônibus, assediaram moralmente cobradores e motoristas com advertências nas empresas, forçando-os a irem às ruas para defenderem os patrões. Os capangas junto com a “direção” do sindicato foram em nosso Ato Público e partiram para agressão na tentativa de intimidar o movimento. Agora, após mais de um mês da manifestação, o militante do DCE UFPB é intimado pela polícia para responder por agressão.
Toda a população de João Pessoa acompanhou o movimento pacífico que fizemos e estamos fazendo, desde 29 de dezembro. Não vamos nos calar diante dessa injustiça e declarada perseguição aos movimentos sociais que buscam uma transformação no país! Pedimos a solidariedade de todos os militantes, entidades e organizações sociais que assim como nós, estão na luta por um Brasil dos trabalhadores e trabalhadoras!
JUVENTUDE QUE OUSA LUTAR: CONSTRÓI O PODER POPULAR!
DCE UFPB
segunda-feira, 14 de março de 2011
Os dias vão passando e as coisas vão acontecendo.
É tanta coisa que a gente fica todo coisado.
Tou coisada hoje.
De tanta coisa coisando fiquei paralisada pensando, pensando, tentando pensar.
Mas fiquei sem tempo pra pensar o suficiente porque mais coisas aconteceram.
E eu tive que coisear mais.
No fim das contas, no passar dos dias,
Eu queria ter mais tempo pra pensar e menos coisa pra coisar.
É tanta coisa que a gente fica todo coisado.
Tou coisada hoje.
De tanta coisa coisando fiquei paralisada pensando, pensando, tentando pensar.
Mas fiquei sem tempo pra pensar o suficiente porque mais coisas aconteceram.
E eu tive que coisear mais.
No fim das contas, no passar dos dias,
Eu queria ter mais tempo pra pensar e menos coisa pra coisar.
quinta-feira, 10 de março de 2011
quarta-feira, 9 de março de 2011
O silêncio em Foucault
Trecho de uma entrevista realizada em 1982 com Michel Foucault, onde ele defende a valorização desse elemento esquecido pela tradição ocidental.
Pergunta - A apreciação do silêncio é uma das numerosas coisas que um leitor, sem que se espere, pode
aprender de sua obra. Você tem escrito sobre a liberdade que o silêncio permite, sobre suas múltiplas causase significações. Em seu último livro1, por exemplo, você diz que não existe apenas um, mas numerosossilêncios. Seria fundado pensar que há ai um potente elemento autobiográfico?
Foucault - Penso que qualquer criança que tenha sido educada em um meio católico justamente antes ou durante a Segunda Guerra Mundial pôde experimentar que existem numerosas maneiras diferentes de falar e também numerosas formas de silêncio. Certos silêncios podem implicar em uma hostilidade virulenta; outros, por outro lado, são indicativos de uma amizade profunda, de uma admiração emocionada, de um amor. Eu
lembro muito bem que quando eu encontrei o cineasta Daniel Schmid, vindo me visitar, não sei mais com que propósito, ele e eu descobrimos, ao fim de alguns minutos, que nós não tínhamos verdadeiramente nada a nos dizer. Desta forma, ficamos juntos desde as três horas da tarde até meia noite. Bebemos, fumamos haxixe, jantamos. Eu não creio que tenhamos falado mais do que vinte minutos durante essas dez horas. Este foi o ponto de partida de uma amizade bastante longa. Era, para mim, a primeira vez que uma amizade
nascia de uma relação estritamente silenciosa.
É possível que um outro elemento desta apreciação do silêncio tenha a ver com a obrigação de falar. Eu passei minha infância em um meio pequeno-burguês da França provincial, e a obrigação de falar, de conversar com os visitantes era, para mim, ao mesmo tempo algo muito estranho e muito entediante. Eu me lembro de perguntar por que as pessoas sentiam a obrigação de falar. O silêncio pode ser uma forma de relação muito mais interessante.
Pergunta - Há, na cultura dos índios da América do Norte, uma apreciação do silêncio bem maior do que nas sociedades anglofônicas ou, suponho, francofônica.
Foucault - Sim. Eu penso que o silêncio é uma das coisas às quais, infelizmente, nossa sociedade renunciou. Não temos uma cultura do silêncio, assim como não temos uma cultura do suicídio. Os japoneses têm. Ensinava-se aos jovens romanos e aos jovens gregos a adotarem diversos modos de silêncio, em função das pessoas com as quais eles se encontrassem. O silêncio, na época, configurava um modo bem particular de relação com os outros. O silêncio é, penso, algo que merece ser cultivado. Sou favorável que se desenvolva esse êthos do silêncio.
"Michel Foucault. An Interview with Stephen Riggins", ("Une interview de Michel Foucault par Stephen Riggins) realizada em inglês em Toronto, 22 de jun de 1982. Traduzido a partir de FOUCAULT, Michel. Dits et écrits. Paris: Gallimard, 1994, Vol. IV, pp. 525-538 por wanderson flor do nascimento.
Pergunta - A apreciação do silêncio é uma das numerosas coisas que um leitor, sem que se espere, pode
aprender de sua obra. Você tem escrito sobre a liberdade que o silêncio permite, sobre suas múltiplas causase significações. Em seu último livro1, por exemplo, você diz que não existe apenas um, mas numerosossilêncios. Seria fundado pensar que há ai um potente elemento autobiográfico?
Foucault - Penso que qualquer criança que tenha sido educada em um meio católico justamente antes ou durante a Segunda Guerra Mundial pôde experimentar que existem numerosas maneiras diferentes de falar e também numerosas formas de silêncio. Certos silêncios podem implicar em uma hostilidade virulenta; outros, por outro lado, são indicativos de uma amizade profunda, de uma admiração emocionada, de um amor. Eu
lembro muito bem que quando eu encontrei o cineasta Daniel Schmid, vindo me visitar, não sei mais com que propósito, ele e eu descobrimos, ao fim de alguns minutos, que nós não tínhamos verdadeiramente nada a nos dizer. Desta forma, ficamos juntos desde as três horas da tarde até meia noite. Bebemos, fumamos haxixe, jantamos. Eu não creio que tenhamos falado mais do que vinte minutos durante essas dez horas. Este foi o ponto de partida de uma amizade bastante longa. Era, para mim, a primeira vez que uma amizade
nascia de uma relação estritamente silenciosa.
É possível que um outro elemento desta apreciação do silêncio tenha a ver com a obrigação de falar. Eu passei minha infância em um meio pequeno-burguês da França provincial, e a obrigação de falar, de conversar com os visitantes era, para mim, ao mesmo tempo algo muito estranho e muito entediante. Eu me lembro de perguntar por que as pessoas sentiam a obrigação de falar. O silêncio pode ser uma forma de relação muito mais interessante.
Pergunta - Há, na cultura dos índios da América do Norte, uma apreciação do silêncio bem maior do que nas sociedades anglofônicas ou, suponho, francofônica.
Foucault - Sim. Eu penso que o silêncio é uma das coisas às quais, infelizmente, nossa sociedade renunciou. Não temos uma cultura do silêncio, assim como não temos uma cultura do suicídio. Os japoneses têm. Ensinava-se aos jovens romanos e aos jovens gregos a adotarem diversos modos de silêncio, em função das pessoas com as quais eles se encontrassem. O silêncio, na época, configurava um modo bem particular de relação com os outros. O silêncio é, penso, algo que merece ser cultivado. Sou favorável que se desenvolva esse êthos do silêncio.
"Michel Foucault. An Interview with Stephen Riggins", ("Une interview de Michel Foucault par Stephen Riggins) realizada em inglês em Toronto, 22 de jun de 1982. Traduzido a partir de FOUCAULT, Michel. Dits et écrits. Paris: Gallimard, 1994, Vol. IV, pp. 525-538 por wanderson flor do nascimento.
terça-feira, 8 de março de 2011
Coração Selvagem - Belchior
Meu bem, guarde uma frase pra mim dentro da sua canção
Esconda um beijo pra mim sob as dobras do blusão
Eu quero um gole de cerveja no seu copo no seu colo e nesse bar
Meu bem, o meu lugar é onde você quer que ele seja
Não quero o que a cabeça pensa eu quero o que a alma deseja
Arco-íris, anjo rebelde, eu quero o corpo tenho pressa de viver
Mas quando você me amar, me abrace e me beije bem devagar
Que é para eu ter tempo, tempo de me apaixonar
Tempo para ouvir o rádio no carro
Tempo para a turma do outro bairro, ver e saber que eu te amo
Meu bem, o mundo inteiro está naquela estrada ali em frente
Tome um refrigerante, coma um cachorro-quente
Sim, já é outra viagem e o meu coração selvagem
Tem essa pressa de viver
Meu bem, mas quando a vida nos violentar
Pediremos ao bom Deus que nos ajude
Falaremos para a vida: "Vida, pisa devagar, meu coração, cuidado é frágil;
Meu coração é como vidro, como um beijo de novela"
Meu bem, talvez você possa compreender a minha solidão
O meu som, e a minha fúria e essa pressa de viver
E esse jeito de deixar sempre de lado a certeza
E arriscar tudo de novo com paixão
Andar caminho errado pela simples alegria de ser
Meu bem, vem viver comigo, vem correr perigo , vem morrer comigo
Talvez eu morra jovem, alguma curva no caminho, algum punhal de amor traído, completara o meu destino.
Meu bem, vem viver comigo, vem correr perigo
Vem morrer comigo, meu bem, meu bem, meu bem
Que outros cantores chamam baby
Esconda um beijo pra mim sob as dobras do blusão
Eu quero um gole de cerveja no seu copo no seu colo e nesse bar
Meu bem, o meu lugar é onde você quer que ele seja
Não quero o que a cabeça pensa eu quero o que a alma deseja
Arco-íris, anjo rebelde, eu quero o corpo tenho pressa de viver
Mas quando você me amar, me abrace e me beije bem devagar
Que é para eu ter tempo, tempo de me apaixonar
Tempo para ouvir o rádio no carro
Tempo para a turma do outro bairro, ver e saber que eu te amo
Meu bem, o mundo inteiro está naquela estrada ali em frente
Tome um refrigerante, coma um cachorro-quente
Sim, já é outra viagem e o meu coração selvagem
Tem essa pressa de viver
Meu bem, mas quando a vida nos violentar
Pediremos ao bom Deus que nos ajude
Falaremos para a vida: "Vida, pisa devagar, meu coração, cuidado é frágil;
Meu coração é como vidro, como um beijo de novela"
Meu bem, talvez você possa compreender a minha solidão
O meu som, e a minha fúria e essa pressa de viver
E esse jeito de deixar sempre de lado a certeza
E arriscar tudo de novo com paixão
Andar caminho errado pela simples alegria de ser
Meu bem, vem viver comigo, vem correr perigo , vem morrer comigo
Talvez eu morra jovem, alguma curva no caminho, algum punhal de amor traído, completara o meu destino.
Meu bem, vem viver comigo, vem correr perigo
Vem morrer comigo, meu bem, meu bem, meu bem
Que outros cantores chamam baby
Discriminação contra as mulheres continua alta no jornalismo
A mulher se incorporou ao trabalho de jornalista nos últimos 20 anos em muitos países, mas ocupa os cargos mais baixos, enquanto os de direção seguem sendo terreno exclusivo dos homens, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira (07/03) pela organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF).
Essa ausência de mulheres nos postos mais altos provoca uma visão determinada na imprensa, "um mundo ainda amplamente masculino onde as mulheres estão excluídas", assinalou a organização no relatório elaborado por ocasião do Dia Internacional da Mulher, celebrado na terça-feira.
Neste sentido, o estudo revela uma pesquisa de 2006 que estabelecia que as mulheres representassem menos de 20% das pessoas citadas nos artigos, ao tempo que assinalava que a imagem delas era "padronizada e desvalorizada".
Em outros lugares a situação é ainda pior, ressalta a organização defensora da liberdade de imprensa, que indica que as mulheres são "alvo preferido" de ataques, violências e encarceramentos ligados à profissão de jornalista.
O relatório denuncia os "grandes riscos" em alguns países para os jornalistas que se interessam pelos problemas das mulheres e a violência que sofrem em razão das tradições.
Em outros países, como o Afeganistão, "a segregação das mulheres jornalistas corresponde à das mulheres em geral", que "não encontram um lugar" na sociedade.
O estudo também revela alguns casos de jornalistas que, graças a algum engajamento, conseguiram avanços na situação da mulher, em algumas ocasiões, a custo de sua própria liberdade.
Em outros casos, segundo o relatório, a condição de mulher facilita o trabalho de alguns jornalistas, como relata a cubana Magali Norvis Otero Suárez, que afirma que "não batem nas mulheres nas manifestações quando vão cobri-las".
O estudo também presta homenagem às "mulheres de jornalistas e defensores dos direitos humanos assassinados ou presos" que, em algumas ocasiões, “se casaram com um homem e com sua causa".
Como exemplo, cita as "Damas de Branco" de Cuba, o coletivo de mães e esposas de dissidentes presos desde 2003 que se reúnem todo domingo para reivindicar sua libertação.
Todos estes casos obrigam muitos jornalistas a exilar-se de seus países, como revela que entre 10% e 15% das ajudas emitidas pelo RSF para litigantes de asilo procedem de mulheres, a maior parte delas iranianas.
A organização recomenda que se iniciem programas específicos de proteção de mulheres jornalistas e incentiva o reforço de cooperação entre organizações defensoras dos direitos das mulheres e da liberdade de expressão.
Além disso, pede a criação de "Casas de Mulheres Jornalistas", que se apoie na criação de organismos de formação dedicados a elas com associações de reagrupamento de repórteres.
Opera Mundi
Essa ausência de mulheres nos postos mais altos provoca uma visão determinada na imprensa, "um mundo ainda amplamente masculino onde as mulheres estão excluídas", assinalou a organização no relatório elaborado por ocasião do Dia Internacional da Mulher, celebrado na terça-feira.
Neste sentido, o estudo revela uma pesquisa de 2006 que estabelecia que as mulheres representassem menos de 20% das pessoas citadas nos artigos, ao tempo que assinalava que a imagem delas era "padronizada e desvalorizada".
Em outros lugares a situação é ainda pior, ressalta a organização defensora da liberdade de imprensa, que indica que as mulheres são "alvo preferido" de ataques, violências e encarceramentos ligados à profissão de jornalista.
O relatório denuncia os "grandes riscos" em alguns países para os jornalistas que se interessam pelos problemas das mulheres e a violência que sofrem em razão das tradições.
Em outros países, como o Afeganistão, "a segregação das mulheres jornalistas corresponde à das mulheres em geral", que "não encontram um lugar" na sociedade.
O estudo também revela alguns casos de jornalistas que, graças a algum engajamento, conseguiram avanços na situação da mulher, em algumas ocasiões, a custo de sua própria liberdade.
Em outros casos, segundo o relatório, a condição de mulher facilita o trabalho de alguns jornalistas, como relata a cubana Magali Norvis Otero Suárez, que afirma que "não batem nas mulheres nas manifestações quando vão cobri-las".
O estudo também presta homenagem às "mulheres de jornalistas e defensores dos direitos humanos assassinados ou presos" que, em algumas ocasiões, “se casaram com um homem e com sua causa".
Como exemplo, cita as "Damas de Branco" de Cuba, o coletivo de mães e esposas de dissidentes presos desde 2003 que se reúnem todo domingo para reivindicar sua libertação.
Todos estes casos obrigam muitos jornalistas a exilar-se de seus países, como revela que entre 10% e 15% das ajudas emitidas pelo RSF para litigantes de asilo procedem de mulheres, a maior parte delas iranianas.
A organização recomenda que se iniciem programas específicos de proteção de mulheres jornalistas e incentiva o reforço de cooperação entre organizações defensoras dos direitos das mulheres e da liberdade de expressão.
Além disso, pede a criação de "Casas de Mulheres Jornalistas", que se apoie na criação de organismos de formação dedicados a elas com associações de reagrupamento de repórteres.
Opera Mundi
sábado, 5 de março de 2011
França inicia campanha para lembrar proibição contra véu islâmico
Cem mil cartazes e 400 mil folhetos foram lançados pelo governo francês nesta sexta-feira (04/03), em uma campanha publicitária sobre a lei que proíbe o uso da burca e do niqab, véu que cobre todo o rosto deixando apenas os olhos à mostra em espaços públicos.
Segundo a RFI, a rádio pública francesa, o material será distribuídos em todo o país, explicando que, a partir de 11 de abril, será proibido cobrir o rosto nas calçadas, nos transportes públicos, em lojas, restaurantes, escolas, agências de correio, tribunais, hospitais e órgãos públicos. A proibição não vale para lugares de culto.
"A república se vive com o rosto descoberto", defende o slogan estampado nos cartazes. As mulheres que não respeitarem a proibição podem pagar multa de 150 euros, o equivalente a 345 reais, além de serem obrigadas a fazer um curso de cidadania para compreender “o princípio da laicidade previsto na Constituição francesa”.
Homens que obrigarem as mulheres a usar a burca estarão sujeitos a um ano de prisão e a uma multa de 30 mil euros , cerca de 70 mil reais. A pena será duplicada se a vítima for menor de idade.
A França já havia proibido o uso de lenços islâmicos na cabeça em escolas e no serviço público. Agora, tornou-se o primeiro país europeu efetivar a proibição e o debate já acontece em outros países, como Bélgica e Holanda.
A lei foi aprovada em outubro do ano passado, após uma polêmica discussão. Enquanto os setores mais conservadores defendiam a campanha de identidade nacional lançada pelo governo Sarkozy, o Partido Socialista alegava que a proibição da burca prejudicará a comunidade muçulmana que vive na França. A Human Rights Watch e a Anistia Internacional também se opuseram à proibição.
De acordo com o islamismo, o véu é uma forma de “preservar a mulher de todos os perigos”, já que a exibição do seu corpo e rosto "incita [os homens] ao estupro e à perversão". O governo, no entanto, alegava que o véu representa a submissão das mulheres.
O país tem o maior número de adeptos ao islamismo na Europa, estimado em 5 milhões de pessoas, 7,5% da população. Ela é seguida pela Holanda (com 6%), Alemanha (5%), Áustria (4,2%), Bélgica (3%) e o Reino Unido (2,7%), segundo um estudo de 2009 realizado pelo Instituto de Pesquisas Pew, de Washington.
Opera Mundi
Segundo a RFI, a rádio pública francesa, o material será distribuídos em todo o país, explicando que, a partir de 11 de abril, será proibido cobrir o rosto nas calçadas, nos transportes públicos, em lojas, restaurantes, escolas, agências de correio, tribunais, hospitais e órgãos públicos. A proibição não vale para lugares de culto.
"A república se vive com o rosto descoberto", defende o slogan estampado nos cartazes. As mulheres que não respeitarem a proibição podem pagar multa de 150 euros, o equivalente a 345 reais, além de serem obrigadas a fazer um curso de cidadania para compreender “o princípio da laicidade previsto na Constituição francesa”.
Homens que obrigarem as mulheres a usar a burca estarão sujeitos a um ano de prisão e a uma multa de 30 mil euros , cerca de 70 mil reais. A pena será duplicada se a vítima for menor de idade.
A França já havia proibido o uso de lenços islâmicos na cabeça em escolas e no serviço público. Agora, tornou-se o primeiro país europeu efetivar a proibição e o debate já acontece em outros países, como Bélgica e Holanda.
A lei foi aprovada em outubro do ano passado, após uma polêmica discussão. Enquanto os setores mais conservadores defendiam a campanha de identidade nacional lançada pelo governo Sarkozy, o Partido Socialista alegava que a proibição da burca prejudicará a comunidade muçulmana que vive na França. A Human Rights Watch e a Anistia Internacional também se opuseram à proibição.
De acordo com o islamismo, o véu é uma forma de “preservar a mulher de todos os perigos”, já que a exibição do seu corpo e rosto "incita [os homens] ao estupro e à perversão". O governo, no entanto, alegava que o véu representa a submissão das mulheres.
O país tem o maior número de adeptos ao islamismo na Europa, estimado em 5 milhões de pessoas, 7,5% da população. Ela é seguida pela Holanda (com 6%), Alemanha (5%), Áustria (4,2%), Bélgica (3%) e o Reino Unido (2,7%), segundo um estudo de 2009 realizado pelo Instituto de Pesquisas Pew, de Washington.
Opera Mundi
sexta-feira, 4 de março de 2011
Mulheres ocupam Incra em São Paulo
4 de março de 2011
Por Maria Aparecida
Em continuação à Jornada Nacional de Luta das mulheres no estado de São Paulo, as cerca de 600 mulheres que paralisaram a Rodovia Cônego Domênico Rangoni, ocuparam, na tarde de quinta-feira (3/2), a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) em São Paulo.
A mobilização tem como objetivo exigir do Ministério do Desenvolvimento Agrário a mudança na política de gestão do órgão responsável pela Reforma Agrária em São Paulo, o Incra-SP.
Nós últimos anos a Reforma Agrária no estado de São Paulo, bem como acontece em praticamente todos os estados brasileiros, vem enfrentando grandes limites e dificuldades em relação ao assentamento das famílias acampadas. Algumas destas famílias estão acampadas há mais de 8 anos.
Em relação à implantação e desenvolvimento dos assentamentos a situação também é bastante desrespeitosa. Parte dos assentamentos tem sua infraestrutura extremamente precarizada, com estradas intransitáveis, demora ou mesmo não construção de moradias nestes espaços, não acesso à água potável, entre outras coisas.
Sobre o desenvolvimento da produção, falta assistência técnica compatível com a necessidade e a realidade das famílias. Além disso, existe uma grande dificuldade no acesso aos créditos de implantação do assentamento pelas famílias.
Por último, não existem políticas públicas que viabilizem, desenvolvam ou fortaleçam as empresas sociais das trabalhadoras e trabalhadores, como as associações, cooperativas e agroindústrias.
Por esta situação, é que as mulheres, mais uma vez, impõem sua presença neste espaço, não para negociar, mas para exigir a mudança na atual política de gestão deste órgão.
Da Página do MST
Por Maria Aparecida
Em continuação à Jornada Nacional de Luta das mulheres no estado de São Paulo, as cerca de 600 mulheres que paralisaram a Rodovia Cônego Domênico Rangoni, ocuparam, na tarde de quinta-feira (3/2), a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) em São Paulo.
A mobilização tem como objetivo exigir do Ministério do Desenvolvimento Agrário a mudança na política de gestão do órgão responsável pela Reforma Agrária em São Paulo, o Incra-SP.
Nós últimos anos a Reforma Agrária no estado de São Paulo, bem como acontece em praticamente todos os estados brasileiros, vem enfrentando grandes limites e dificuldades em relação ao assentamento das famílias acampadas. Algumas destas famílias estão acampadas há mais de 8 anos.
Em relação à implantação e desenvolvimento dos assentamentos a situação também é bastante desrespeitosa. Parte dos assentamentos tem sua infraestrutura extremamente precarizada, com estradas intransitáveis, demora ou mesmo não construção de moradias nestes espaços, não acesso à água potável, entre outras coisas.
Sobre o desenvolvimento da produção, falta assistência técnica compatível com a necessidade e a realidade das famílias. Além disso, existe uma grande dificuldade no acesso aos créditos de implantação do assentamento pelas famílias.
Por último, não existem políticas públicas que viabilizem, desenvolvam ou fortaleçam as empresas sociais das trabalhadoras e trabalhadores, como as associações, cooperativas e agroindústrias.
Por esta situação, é que as mulheres, mais uma vez, impõem sua presença neste espaço, não para negociar, mas para exigir a mudança na atual política de gestão deste órgão.
Da Página do MST
Luiz Couto volta a ser ameaçado por grupos de extermínio
O deputado Luiz Couto (PT-PB) revelou em pronunciamento no plenário que pediu ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo providências para conter a ação de um grupo de extermínio que age no estado da Paraíba.
Luiz Couto voltou a ser ameaçado de morte por envolvidos no assassinato do advogado e ex-vereador do PT, Manoel Mattos, ocorrido há dois anos na Paraíba.
"Uma testemunha do caso Manoel Mattos foi seguida na noite desta quarta-feira (2) por dois motoqueiros e anunciou que eu seria a próxima vítima do grupo de extermínio. Já expus a situação para o ministro Cardozo que garantiu a presença da Polícia Federal na Paraíba para desbaratar esse grupo de extermínio", disse o parlamentar petista.
De acordo com Luiz Couto, "como houve a federalização desse crime, tanto a Polícia Federal quanto o Ministério Público e a Justiça Federal vão entrar nas investigações. Com isso, as testemunhas estão sendo ameaçadas e os mandantes e executores estão desesperados. Agora, querem executar também todas as testemunhas ou todos aqueles que estão querendo que esse crime seja revelado e seus autores punidos. No entanto, sempre digo que entrego a minha vida nas mãos de Deus e, com a sua graça, ele vai permitir que eu continue exercendo essa missão", destacou o deputado Luiz Couto.
Gizele Benitz
http://www.informes.org.br/
Luiz Couto voltou a ser ameaçado de morte por envolvidos no assassinato do advogado e ex-vereador do PT, Manoel Mattos, ocorrido há dois anos na Paraíba.
"Uma testemunha do caso Manoel Mattos foi seguida na noite desta quarta-feira (2) por dois motoqueiros e anunciou que eu seria a próxima vítima do grupo de extermínio. Já expus a situação para o ministro Cardozo que garantiu a presença da Polícia Federal na Paraíba para desbaratar esse grupo de extermínio", disse o parlamentar petista.
De acordo com Luiz Couto, "como houve a federalização desse crime, tanto a Polícia Federal quanto o Ministério Público e a Justiça Federal vão entrar nas investigações. Com isso, as testemunhas estão sendo ameaçadas e os mandantes e executores estão desesperados. Agora, querem executar também todas as testemunhas ou todos aqueles que estão querendo que esse crime seja revelado e seus autores punidos. No entanto, sempre digo que entrego a minha vida nas mãos de Deus e, com a sua graça, ele vai permitir que eu continue exercendo essa missão", destacou o deputado Luiz Couto.
Gizele Benitz
http://www.informes.org.br/
Uma em quatro brasileiras sofre violência na hora do parto
Estudo diz que mulheres são desrespeitadas em hospitais públicos e privados
Xingamentos. Humilhações. Gritos. Exame de toque doloroso. Falta de tratamento para alívio da dor e de explicações sobre os procedimentos. Na hora do parto, 1 a 4 quatro mulheres sofre algum tipo de violência ou mau-trato em hospitais públicos e privados brasileiros.
Esses são os resultados do estudo “Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado”, realizado em agosto de 2010 pela Fundação Perseu Abramo e pelo Sesc. A pesquisa reúne entrevistas com 2.365 mulheres e 1.181 homens de 25 Estados do país.
Segundo o levantamento, 25% delas relataram ter sofrido algum tipo de violência, como: 10% passaram por exame de toque doloroso, 10% não receberam tratamento para alívio da dor, 9% não tiveram explicação sobre os procedimentos adotados, 9% ouviram gritos de profissionais ao serem atendidas, 8% não receberam atendimento e 7% ouviram xingamentos ou humilhações.
Ainda de acordo com o estudo, 23% delas ouviram de algum profissional algo como: “não chora que ano que vem você está aqui de novo”; “na hora de fazer não chorou, não chamou a mamãe”; “se gritar eu paro e não vou te atender”; “se ficar gritando vai fazer mal pro neném, ele vai nascer surdo”.
O estudo mostra que os casos de violência na hora do parto são mais frequentes no Nordeste (27%) e menos comum no Norte e Centro-Oeste (22%). Com relação aos municípios, os relatos são mais frequentes nas capitais (30%).
E os hospitais públicos são os que mais desrespeitam as pacientes. Dentre as que sofreram algum tipo de violência, 27% relataram casos na rede pública, 17% na rede privada e 31% em ambas.
Já entre as que ouviram frases desrespeitosas, 27% dizem que o caso ocorreu em uma unidade pública, 10% em particular e 14% em ambas.
Entre as mulheres que tiveram filhos naturais (71% da amostra), a maioria fez o parto só na rede pública (68%), 16% na rede privada, 8% em ambas e 9% em casa ou outros locais.
A idade média do primeiro filho foi de 21 anos e 3 meses para as mulheres e de 24 anos e 3 meses para homens. Entre elas, 6% tiveram o primeiro após os 30 anos. Entre eles, 12% tiveram o primeiro após os 30 anos.
(noticias.r7.com)
Xingamentos. Humilhações. Gritos. Exame de toque doloroso. Falta de tratamento para alívio da dor e de explicações sobre os procedimentos. Na hora do parto, 1 a 4 quatro mulheres sofre algum tipo de violência ou mau-trato em hospitais públicos e privados brasileiros.
Esses são os resultados do estudo “Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado”, realizado em agosto de 2010 pela Fundação Perseu Abramo e pelo Sesc. A pesquisa reúne entrevistas com 2.365 mulheres e 1.181 homens de 25 Estados do país.
Segundo o levantamento, 25% delas relataram ter sofrido algum tipo de violência, como: 10% passaram por exame de toque doloroso, 10% não receberam tratamento para alívio da dor, 9% não tiveram explicação sobre os procedimentos adotados, 9% ouviram gritos de profissionais ao serem atendidas, 8% não receberam atendimento e 7% ouviram xingamentos ou humilhações.
Ainda de acordo com o estudo, 23% delas ouviram de algum profissional algo como: “não chora que ano que vem você está aqui de novo”; “na hora de fazer não chorou, não chamou a mamãe”; “se gritar eu paro e não vou te atender”; “se ficar gritando vai fazer mal pro neném, ele vai nascer surdo”.
O estudo mostra que os casos de violência na hora do parto são mais frequentes no Nordeste (27%) e menos comum no Norte e Centro-Oeste (22%). Com relação aos municípios, os relatos são mais frequentes nas capitais (30%).
E os hospitais públicos são os que mais desrespeitam as pacientes. Dentre as que sofreram algum tipo de violência, 27% relataram casos na rede pública, 17% na rede privada e 31% em ambas.
Já entre as que ouviram frases desrespeitosas, 27% dizem que o caso ocorreu em uma unidade pública, 10% em particular e 14% em ambas.
Entre as mulheres que tiveram filhos naturais (71% da amostra), a maioria fez o parto só na rede pública (68%), 16% na rede privada, 8% em ambas e 9% em casa ou outros locais.
A idade média do primeiro filho foi de 21 anos e 3 meses para as mulheres e de 24 anos e 3 meses para homens. Entre elas, 6% tiveram o primeiro após os 30 anos. Entre eles, 12% tiveram o primeiro após os 30 anos.
(noticias.r7.com)
quinta-feira, 3 de março de 2011
Sonho de Um Carnaval - Geraldo Vandré
Carnaval, desengano
Deixei a dor em casa me esperando
E brinquei e gritei e fui vestido de rei
Quarta-feira sempre desce o pano
Carnaval, desengano
Essa morena me deixou sonhando
Mão na mão, pé no chão
E hoje nem lembra não
Quarta-feira sempre desce o pano
Era uma canção, um só cordão
E uma vontade
De tomar a mão
De cada irmão pela cidade
No carnaval, esperança
Que gente longe viva na lembrança
Que gente triste possa entrar na dança
Que gente grande saiba ser criança
Deixei a dor em casa me esperando
E brinquei e gritei e fui vestido de rei
Quarta-feira sempre desce o pano
Carnaval, desengano
Essa morena me deixou sonhando
Mão na mão, pé no chão
E hoje nem lembra não
Quarta-feira sempre desce o pano
Era uma canção, um só cordão
E uma vontade
De tomar a mão
De cada irmão pela cidade
No carnaval, esperança
Que gente longe viva na lembrança
Que gente triste possa entrar na dança
Que gente grande saiba ser criança
Ataques a defensoras de DH, reflejo de un Estado autoritario
Por Anayeli García Martínez
México, DF, 2 mar 11 (CIMAC).- Durante los últimos cuatro años el gobierno federal ha mostrado su desdén por los Derechos Humanos (DH), y aunque se ha visto obligado a incluir este tema en su discurso oficial, las amenazas y hostigamiento contra defensoras y activistas refleja la falta de voluntad política para crear un mecanismo de protección que les garantice seguridad.
Así lo señala la abogada Andrea Medina Rosas, integrante de la Red Mesa de Mujeres de Ciudad Juárez, quien litigó ante el sistema interamericano de Derechos Humanos el feminicidio del Campo Algodonero y posteriormente realizó un análisis jurídico feminista de la sentencia que la Corte Interamericana de Derechos Humanos emitió contra el Estado mexicano por este caso.
Medina Rosas expone que las defensoras de DH son un importante referente en cualquier Estado que se precie de ser democrático, ya que mantienen viva la memoria de la sociedad, difunden la exigencia de justicia, ayudan a develar la verdad y, además, asumen la defensa y atención de las víctimas de la delincuencia y de la inacción de las autoridades.
En entrevista con esta agencia, asegura que en México, al igual que en toda la región mesoamericana, las defensoras corren mayores riesgos para ejercer su labor y cuentan con menos recursos para protegerse, por lo que el próximo 8 de marzo, en el contexto del Día Internacional de la Mujer, organizaciones civiles mexicanas, de Guatemala y Honduras denunciarán esta situación ante Naciones Unidas.
Las organizaciones se reunirán con la relatora especial sobre la situación de los defensores de DH de la ONU, Margaret Sekaggya, en Ginebra, Suiza, a quien le presentarán el informe “Violencia contra defensoras de derechos humanos en Mesoamérica”, un diagnóstico que elaboraron a partir de entrevistas, testimonios y reflexiones de activistas y defensoras de DH de esta región que han recopilado desde 2006.
--¿Qué reflejan los asesinatos de defensoras de DH como Josefina Reyes, Marisela Escobedo y Susana Chávez?
--Primero la impunidad de los ataques iniciales. La impunidad es una responsabilidad del Estado mexicano y el hecho de que no se hayan investigado y sancionado anteriores ataques va haciendo una bola de nieve en la que no sólo las demás defensoras entramos en mayor riesgo, sino que los agresores adquieren confianza para generar estos niveles de violencia.
Otro punto importante es que no hay un reconocimiento del valor y el aporte del trabajo de las defensoras en el proceso de democratización del país y de la región mesoamericana. El propio gobierno y muchos medios de comunicación difunden que las activistas atacan al Estado. En Ciudad Juárez, por ejemplo, plantean que nos interesa minar el desarrollo económico del país y construyen campañas de difamación en contra del trabajo que realizamos.
--De acuerdo con la ONU, México es el segundo país más peligroso para las mujeres defensoras. ¿A que atribuyes esto?
--La violencia estructural de género nos afecta de manera particular a las defensoras. Hay una tendencia a analizar los ataques o la situación de defensores en general, pero nosotras hemos hecho un análisis donde resaltamos la importancia que tiene esta estructura de desigualdad.
En el diagnóstico “Violencia contra defensoras de derechos humanos en Mesoamérica”, encontramos que defender el derecho a una maternidad libre y voluntaria, la denuncia del feminicidio y la defensa de los derechos laborales, ponen en mayor riesgo a las mujeres porque son derechos que abren fisuras en la estructura de opresión contra las mexicanas.
La piedra angular de la construcción de las libertades fundamentales tiene que ver con el derecho al cuerpo y a la maternidad libre y voluntaria. No es coincidencia que sea uno de los derechos que más resistencia tiene socialmente y desde el Estado.
--En sólo cinco años, de 2004 a 2009, México acumuló 27 casos de amenazas contra defensoras, ¿esto se debe a la violencia del narcotráfico?
--Cuando se incrementa la violencia social es de manera generalizada, pero en una sociedad con una fuerte estructura discriminatoria contra las mujeres, son ellas quienes se llevarán una carga mucho más grave. Argumentar que el narcotráfico es la causa de estas agresiones puede llevarnos a no ver el impacto diferenciado que tienen estas formas de violencia.
--En este contexto, ¿consideras que hay una política de seguridad para las y los defensores de DH?
--Los derechos humanos no han sido un aspecto prioritario y transversal para el gobierno mexicano en esta administración. Tal vez lo incluye en el discurso, pero evidentemente no en las acciones. Un ejemplo es Todos Somos Juárez, un programa que canceló la mesa de trabajo sobre derechos humanos.
También es interesante que en este plan no hay medidas de acceso a la justicia, lo que demuestra que no se están planteando medidas de seguridad desde un enfoque de derechos humanos ni desde una perspectiva de género. Esto trae como consecuencia el ataque a la sociedad civil, del cual somos testigos.
--Hay promesas para generar un mecanismo de protección para defensores, ¿desde la sociedad civil cuáles son las propuestas?
--No hay un mecanismo efectivo de protección a defensoras y defensores debido a la falta de voluntad política del gobierno. Hay propuestas, las necesidades están planteadas, pero sólo se implementarán si el gobierno quiere.
La seguridad de las defensoras implica varios elementos y acciones que van desde las medidas de prevención, hasta aquellas de emergencia, pero se requiere de una respuesta ágil, oportuna y efectiva por parte de las autoridades.
En algunos de los casos que hemos tenido en los últimos meses se presentan las solicitudes de medidas de protección a las instancias de derechos humanos y su respuesta es que ellos, a su vez, las solicitarán. Al final el Estado no responde, no hay una coordinación entre los tres niveles de gobierno.
Para Medina Rosas, es claro que la democracia no sólo es el voto, ni la alternancia de partidos, también significa que la ciudadanía puede ejercer sus derechos y contar con libertades fundamentales. Afirmó que si continúan la persecución y asesinatos de quienes defienden y promueven esos derechos México no tendrá condiciones mínimas de democracia.
Para alertar sobre este tema, Medina Rosas, junto con las organizaciones Asociadas por lo Justo Mesoamérica (JASS), Feministas en Resistencia de Honduras y la Unión Nacional de Mujeres Guatemaltecas se reunirán este 8 de marzo con la relatora de la ONU, Margaret Sekaggya.
Para la abogada es importante visibilizar el problema porque estos tres países se han convertido en los más violentos e inseguros del continente americano, con un clima de corrupción e impunidad que hacen poco o nada efectivos los mecanismos de protección y procuración de justicia para la población en general, y para las defensoras de derechos humanos en particular.
CIMAC notícias - Periodismo com perspectiva de gênero
México, DF, 2 mar 11 (CIMAC).- Durante los últimos cuatro años el gobierno federal ha mostrado su desdén por los Derechos Humanos (DH), y aunque se ha visto obligado a incluir este tema en su discurso oficial, las amenazas y hostigamiento contra defensoras y activistas refleja la falta de voluntad política para crear un mecanismo de protección que les garantice seguridad.
Así lo señala la abogada Andrea Medina Rosas, integrante de la Red Mesa de Mujeres de Ciudad Juárez, quien litigó ante el sistema interamericano de Derechos Humanos el feminicidio del Campo Algodonero y posteriormente realizó un análisis jurídico feminista de la sentencia que la Corte Interamericana de Derechos Humanos emitió contra el Estado mexicano por este caso.
Medina Rosas expone que las defensoras de DH son un importante referente en cualquier Estado que se precie de ser democrático, ya que mantienen viva la memoria de la sociedad, difunden la exigencia de justicia, ayudan a develar la verdad y, además, asumen la defensa y atención de las víctimas de la delincuencia y de la inacción de las autoridades.
En entrevista con esta agencia, asegura que en México, al igual que en toda la región mesoamericana, las defensoras corren mayores riesgos para ejercer su labor y cuentan con menos recursos para protegerse, por lo que el próximo 8 de marzo, en el contexto del Día Internacional de la Mujer, organizaciones civiles mexicanas, de Guatemala y Honduras denunciarán esta situación ante Naciones Unidas.
Las organizaciones se reunirán con la relatora especial sobre la situación de los defensores de DH de la ONU, Margaret Sekaggya, en Ginebra, Suiza, a quien le presentarán el informe “Violencia contra defensoras de derechos humanos en Mesoamérica”, un diagnóstico que elaboraron a partir de entrevistas, testimonios y reflexiones de activistas y defensoras de DH de esta región que han recopilado desde 2006.
--¿Qué reflejan los asesinatos de defensoras de DH como Josefina Reyes, Marisela Escobedo y Susana Chávez?
--Primero la impunidad de los ataques iniciales. La impunidad es una responsabilidad del Estado mexicano y el hecho de que no se hayan investigado y sancionado anteriores ataques va haciendo una bola de nieve en la que no sólo las demás defensoras entramos en mayor riesgo, sino que los agresores adquieren confianza para generar estos niveles de violencia.
Otro punto importante es que no hay un reconocimiento del valor y el aporte del trabajo de las defensoras en el proceso de democratización del país y de la región mesoamericana. El propio gobierno y muchos medios de comunicación difunden que las activistas atacan al Estado. En Ciudad Juárez, por ejemplo, plantean que nos interesa minar el desarrollo económico del país y construyen campañas de difamación en contra del trabajo que realizamos.
--De acuerdo con la ONU, México es el segundo país más peligroso para las mujeres defensoras. ¿A que atribuyes esto?
--La violencia estructural de género nos afecta de manera particular a las defensoras. Hay una tendencia a analizar los ataques o la situación de defensores en general, pero nosotras hemos hecho un análisis donde resaltamos la importancia que tiene esta estructura de desigualdad.
En el diagnóstico “Violencia contra defensoras de derechos humanos en Mesoamérica”, encontramos que defender el derecho a una maternidad libre y voluntaria, la denuncia del feminicidio y la defensa de los derechos laborales, ponen en mayor riesgo a las mujeres porque son derechos que abren fisuras en la estructura de opresión contra las mexicanas.
La piedra angular de la construcción de las libertades fundamentales tiene que ver con el derecho al cuerpo y a la maternidad libre y voluntaria. No es coincidencia que sea uno de los derechos que más resistencia tiene socialmente y desde el Estado.
--En sólo cinco años, de 2004 a 2009, México acumuló 27 casos de amenazas contra defensoras, ¿esto se debe a la violencia del narcotráfico?
--Cuando se incrementa la violencia social es de manera generalizada, pero en una sociedad con una fuerte estructura discriminatoria contra las mujeres, son ellas quienes se llevarán una carga mucho más grave. Argumentar que el narcotráfico es la causa de estas agresiones puede llevarnos a no ver el impacto diferenciado que tienen estas formas de violencia.
--En este contexto, ¿consideras que hay una política de seguridad para las y los defensores de DH?
--Los derechos humanos no han sido un aspecto prioritario y transversal para el gobierno mexicano en esta administración. Tal vez lo incluye en el discurso, pero evidentemente no en las acciones. Un ejemplo es Todos Somos Juárez, un programa que canceló la mesa de trabajo sobre derechos humanos.
También es interesante que en este plan no hay medidas de acceso a la justicia, lo que demuestra que no se están planteando medidas de seguridad desde un enfoque de derechos humanos ni desde una perspectiva de género. Esto trae como consecuencia el ataque a la sociedad civil, del cual somos testigos.
--Hay promesas para generar un mecanismo de protección para defensores, ¿desde la sociedad civil cuáles son las propuestas?
--No hay un mecanismo efectivo de protección a defensoras y defensores debido a la falta de voluntad política del gobierno. Hay propuestas, las necesidades están planteadas, pero sólo se implementarán si el gobierno quiere.
La seguridad de las defensoras implica varios elementos y acciones que van desde las medidas de prevención, hasta aquellas de emergencia, pero se requiere de una respuesta ágil, oportuna y efectiva por parte de las autoridades.
En algunos de los casos que hemos tenido en los últimos meses se presentan las solicitudes de medidas de protección a las instancias de derechos humanos y su respuesta es que ellos, a su vez, las solicitarán. Al final el Estado no responde, no hay una coordinación entre los tres niveles de gobierno.
Para Medina Rosas, es claro que la democracia no sólo es el voto, ni la alternancia de partidos, también significa que la ciudadanía puede ejercer sus derechos y contar con libertades fundamentales. Afirmó que si continúan la persecución y asesinatos de quienes defienden y promueven esos derechos México no tendrá condiciones mínimas de democracia.
Para alertar sobre este tema, Medina Rosas, junto con las organizaciones Asociadas por lo Justo Mesoamérica (JASS), Feministas en Resistencia de Honduras y la Unión Nacional de Mujeres Guatemaltecas se reunirán este 8 de marzo con la relatora de la ONU, Margaret Sekaggya.
Para la abogada es importante visibilizar el problema porque estos tres países se han convertido en los más violentos e inseguros del continente americano, con un clima de corrupción e impunidad que hacen poco o nada efectivos los mecanismos de protección y procuración de justicia para la población en general, y para las defensoras de derechos humanos en particular.
CIMAC notícias - Periodismo com perspectiva de gênero
terça-feira, 1 de março de 2011
Mujeres Afganas prefieren Justicia que eliminar la Burka...
viernes, febrero 25, 2011
Por Damy A. Vales Vilamajó / Prensa Latina
Tras una década de ocupación militar, las mujeres de Afganistán reclaman justicia y esperan abrazar la libertad más allá de eliminar el tradicional uso de la burka.
Desde enero del 2004, la constitución del país admitió la igualdad de género en lo referente a derechos y deberes, según reza en el artículo 22 de la Carta Magna afgana.
Sin embargo, la realidad es muy diferente en esta nación donde los matrimonios arreglados son todo un drama y un 60 por ciento de las mujeres resultan obligadas a casarse siendo aún niñas, contraria a una ley nacional vigente que prohíbe el casamiento antes de los 16 años.
En la práctica, apenas desde sus nueve años, las crías son forzadas a establecer una relación conyugal mirando a un futuro incierto que ha impulsado a muchas féminas a comenzar la lucha por sus derechos en esa sociedad plagada de tradiciones machistas.
La administración afgana, presidida por Hamid Karzai, y financiada por la comunidad internacional, aprobó hace más de un año la denominada Ley de la Familia Chii, que regula las obligaciones de los hombres y mujeres de esta confesión islámica.
Arbitrariamente, esa legislación da facultades a los maridos chiíes de privar de la alimentación a sus esposas si estas no los satisfacen sexualmente.
Especialistas consideran que la decisión no fue más que una estrategia para ganar adeptos de la minoría chiita en los comicios y resultó denunciada por la organización no gubernamental Human Rights Watch, la cual instó a revocar esa ley contraria a la Constitución.
Otros expertos coinciden en la necesidad de aunar esfuerzos para defender los derechos humanos y de la sociedad civil que vive sumida en una situación de atraso y extrema pobreza.
En lo concerniente a las mujeres, muchos se preocupan por el uso de la burka como un signo de violación o discriminación, mientras para ellas representa solo una tradicional pieza de vestir, un velo islámico que cubre el rostro a excepción de los ojos.
El uso de esa prenda como medida para evitar dejar ver el rostro a la luz pública pareciese ser la mayor preocupación de muchos en cuanto a la mujer afgana.
Muchas han perecido en protestas por ser utilizadas como moneda de cambio en los casamientos arreglados, situación acrecentada por la extrema pobreza en que vive la mayoría en el país debido a la interminable guerra iniciada en el 2001 por los Estados Unidos.
Otras optan por el suicidio como fin a su agonía y una vida llena de maltratos, que comienzan por los miembros de la familia.
La moda del sacrificio va en ascenso como un escape a la pobreza, el abuso, los casamientos obligados y hasta para enajenarse de las horribles consecuencias de la ocupación extranjera.
En Afganistán es usual que los hombres con posición adinerada violen adolescentes y mujeres con total impunidad, y solo unas pocas sobreviven las agresiones o logran el divorcio.
Bajo la voluntad irremediable de hombres ofuscados por más de 30 años de conflictos armados que usan la violencia en el nombre de Dios, las afganas están desprovistas de leyes que las defiendan de esa mentalidad.
Según Manizha Naderi, directora ejecutiva de una ONG defensora de los derechos humanos en esa nación, los refugios que actualmente protegen a las féminas de este país de homicidios y matrimonios a la fuerza podrían convertirse en prisiones virtuales.
Declaró la existencia de 14 centros de amparo de este tipo, distribuidos por las 34 provincias afganas, y aseguró que las activistas pidieron al gobierno de Kabul abrir más en lugar de interferir en los que ya funcionan.
Entre las tantas estrategias ideadas por las mujeres afganas desesperadas para frenar el creciente maltrato, se encuentra rapar el pelo a las niñas de muchas zonas rurales durante la celebración de las bodas, a fin de afearlas y salvarlas de una violación.
Datos de Naciones Unidas y de la Asociación Revolucionaria de las Mujeres de Afganistán revelan que ocho de cada 10 mujeres sufren violencia doméstica y un 60 por ciento es obligado a contraer nupcias antes de cumplir los 18 años.
Asimismo, el 95 por ciento de las niñas que comienza la primaria no logra terminar la secundaria, lo cual provoca que un 85 por ciento de las afganas sean hoy analfabetas.
Es por ello que para las féminas de esta nación, el problema no radica en usar la tradicional burka, la cual resulta calurosa y cual prisión para muchas, pero prefieren salir del inhumano trato en que viven sumidas e indefensas, sin apenas acceso a la educación y en condiciones de extrema pobreza.
Reportes oficiales indican que sólo en Kabul se registran más de 60 mil viudas, quienes deben llevar el peso de la casa y carecen de derechos por ser mujeres solitarias, mientras deben cumplir con la cultura de la impunidad, muy distante de la sharia o ley islámica.
Excluidas del mundo de la política, ellas apenas tienen derecho a votar en las elecciones y en regiones del sur la participación de las mujeres llega a ser nula.
Aunque el Parlamento cuenta con 64 diputadas, lo que significa un 24 por ciento de representación, las delegadas apenas gozan de permiso para expresarse ni se les concede el derecho a intervenir en la redacción y promulgación de las leyes.
Publicado por Género con Clase
Por Damy A. Vales Vilamajó / Prensa Latina
Tras una década de ocupación militar, las mujeres de Afganistán reclaman justicia y esperan abrazar la libertad más allá de eliminar el tradicional uso de la burka.
Desde enero del 2004, la constitución del país admitió la igualdad de género en lo referente a derechos y deberes, según reza en el artículo 22 de la Carta Magna afgana.
Sin embargo, la realidad es muy diferente en esta nación donde los matrimonios arreglados son todo un drama y un 60 por ciento de las mujeres resultan obligadas a casarse siendo aún niñas, contraria a una ley nacional vigente que prohíbe el casamiento antes de los 16 años.
En la práctica, apenas desde sus nueve años, las crías son forzadas a establecer una relación conyugal mirando a un futuro incierto que ha impulsado a muchas féminas a comenzar la lucha por sus derechos en esa sociedad plagada de tradiciones machistas.
La administración afgana, presidida por Hamid Karzai, y financiada por la comunidad internacional, aprobó hace más de un año la denominada Ley de la Familia Chii, que regula las obligaciones de los hombres y mujeres de esta confesión islámica.
Arbitrariamente, esa legislación da facultades a los maridos chiíes de privar de la alimentación a sus esposas si estas no los satisfacen sexualmente.
Especialistas consideran que la decisión no fue más que una estrategia para ganar adeptos de la minoría chiita en los comicios y resultó denunciada por la organización no gubernamental Human Rights Watch, la cual instó a revocar esa ley contraria a la Constitución.
Otros expertos coinciden en la necesidad de aunar esfuerzos para defender los derechos humanos y de la sociedad civil que vive sumida en una situación de atraso y extrema pobreza.
En lo concerniente a las mujeres, muchos se preocupan por el uso de la burka como un signo de violación o discriminación, mientras para ellas representa solo una tradicional pieza de vestir, un velo islámico que cubre el rostro a excepción de los ojos.
El uso de esa prenda como medida para evitar dejar ver el rostro a la luz pública pareciese ser la mayor preocupación de muchos en cuanto a la mujer afgana.
Muchas han perecido en protestas por ser utilizadas como moneda de cambio en los casamientos arreglados, situación acrecentada por la extrema pobreza en que vive la mayoría en el país debido a la interminable guerra iniciada en el 2001 por los Estados Unidos.
Otras optan por el suicidio como fin a su agonía y una vida llena de maltratos, que comienzan por los miembros de la familia.
La moda del sacrificio va en ascenso como un escape a la pobreza, el abuso, los casamientos obligados y hasta para enajenarse de las horribles consecuencias de la ocupación extranjera.
En Afganistán es usual que los hombres con posición adinerada violen adolescentes y mujeres con total impunidad, y solo unas pocas sobreviven las agresiones o logran el divorcio.
Bajo la voluntad irremediable de hombres ofuscados por más de 30 años de conflictos armados que usan la violencia en el nombre de Dios, las afganas están desprovistas de leyes que las defiendan de esa mentalidad.
Según Manizha Naderi, directora ejecutiva de una ONG defensora de los derechos humanos en esa nación, los refugios que actualmente protegen a las féminas de este país de homicidios y matrimonios a la fuerza podrían convertirse en prisiones virtuales.
Declaró la existencia de 14 centros de amparo de este tipo, distribuidos por las 34 provincias afganas, y aseguró que las activistas pidieron al gobierno de Kabul abrir más en lugar de interferir en los que ya funcionan.
Entre las tantas estrategias ideadas por las mujeres afganas desesperadas para frenar el creciente maltrato, se encuentra rapar el pelo a las niñas de muchas zonas rurales durante la celebración de las bodas, a fin de afearlas y salvarlas de una violación.
Datos de Naciones Unidas y de la Asociación Revolucionaria de las Mujeres de Afganistán revelan que ocho de cada 10 mujeres sufren violencia doméstica y un 60 por ciento es obligado a contraer nupcias antes de cumplir los 18 años.
Asimismo, el 95 por ciento de las niñas que comienza la primaria no logra terminar la secundaria, lo cual provoca que un 85 por ciento de las afganas sean hoy analfabetas.
Es por ello que para las féminas de esta nación, el problema no radica en usar la tradicional burka, la cual resulta calurosa y cual prisión para muchas, pero prefieren salir del inhumano trato en que viven sumidas e indefensas, sin apenas acceso a la educación y en condiciones de extrema pobreza.
Reportes oficiales indican que sólo en Kabul se registran más de 60 mil viudas, quienes deben llevar el peso de la casa y carecen de derechos por ser mujeres solitarias, mientras deben cumplir con la cultura de la impunidad, muy distante de la sharia o ley islámica.
Excluidas del mundo de la política, ellas apenas tienen derecho a votar en las elecciones y en regiones del sur la participación de las mujeres llega a ser nula.
Aunque el Parlamento cuenta con 64 diputadas, lo que significa un 24 por ciento de representación, las delegadas apenas gozan de permiso para expresarse ni se les concede el derecho a intervenir en la redacción y promulgación de las leyes.
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Três em cada dez mulheres deixa emprego para cuidar dos filhos
Em famílias com filhos pequenos, o homem deve trabalhar, e a mulher ficar em casa cuidando das crianças. Isso é o que pensa a maioria dos brasileiros, de acordo com a pesquisa “Mulheres Brasileiras e Gênero nos Espaços Público e Privado”, realizada no ano passado pela Fundação Perseu Abramo e pelo Sesc.
Entre as entrevistadas, 75% concordam com essa ideia. Entre os homens, 79%. E esse é, segundo o estudo, o principal motivo para as mulheres nunca terem trabalhado ou terem largado o emprego em 2010.
Enquanto 28% dizem que nunca trabalharam por essa razão, 30% largaram os empregos porque ficaram grávidas ou para se dedicar às crianças.
Outra ideia ainda forte é a de que os homens devem sustentar a casa. Com isso concordam 51% das mulheres e 62% dos homens.
Outros temas
A pesquisa também traz dados sobre violência doméstica, aborto e satisfação com a aparência. A barriga e o peso são os principais motivos de queixas entre as mulheres. Do total, 47% disseram estar insatisfeitas com algo em seu corpo, sendo que 15% apontaram a barriga, e 14%, o excesso de peso.
Quando o assunto é a vida sexual, 68% disseram estar totalmente satisfeitas. Entre elas, a maioria (41%) teve a primeira relação entre os 16 e os 18 anos. Além disso, uma em cada quatro mulheres fez sexo pela primeira vez até os 15 anos, e 7%, com mais de 25 anos.
Um dado preocupante é que apenas 25% disseram ter usado camisinha na última relação sexual (entre os homens, foram 30%). O motivo apontado pela maioria para o não uso do preservativo foi a confiança no parceiro.
Violência
A violência doméstica já atingiu 40% das brasileiras, sendo que as mais frequentes são o controle das atividades e a agressão ou ameaça, tanto física quanto psíquica.
A pesquisa aponta que 8% dos entrevistados contaram já ter batido na parceira, sendo que 6% deles acham que “uns tapas de vez em quando é necessário”. Para os outros 2%, “tem mulher que só toma jeito apanhando”. O estudo ouviu 2.365 mulheres e 1.181 homens, com mais de 15 anos.
eBand
Entre as entrevistadas, 75% concordam com essa ideia. Entre os homens, 79%. E esse é, segundo o estudo, o principal motivo para as mulheres nunca terem trabalhado ou terem largado o emprego em 2010.
Enquanto 28% dizem que nunca trabalharam por essa razão, 30% largaram os empregos porque ficaram grávidas ou para se dedicar às crianças.
Outra ideia ainda forte é a de que os homens devem sustentar a casa. Com isso concordam 51% das mulheres e 62% dos homens.
Outros temas
A pesquisa também traz dados sobre violência doméstica, aborto e satisfação com a aparência. A barriga e o peso são os principais motivos de queixas entre as mulheres. Do total, 47% disseram estar insatisfeitas com algo em seu corpo, sendo que 15% apontaram a barriga, e 14%, o excesso de peso.
Quando o assunto é a vida sexual, 68% disseram estar totalmente satisfeitas. Entre elas, a maioria (41%) teve a primeira relação entre os 16 e os 18 anos. Além disso, uma em cada quatro mulheres fez sexo pela primeira vez até os 15 anos, e 7%, com mais de 25 anos.
Um dado preocupante é que apenas 25% disseram ter usado camisinha na última relação sexual (entre os homens, foram 30%). O motivo apontado pela maioria para o não uso do preservativo foi a confiança no parceiro.
Violência
A violência doméstica já atingiu 40% das brasileiras, sendo que as mais frequentes são o controle das atividades e a agressão ou ameaça, tanto física quanto psíquica.
A pesquisa aponta que 8% dos entrevistados contaram já ter batido na parceira, sendo que 6% deles acham que “uns tapas de vez em quando é necessário”. Para os outros 2%, “tem mulher que só toma jeito apanhando”. O estudo ouviu 2.365 mulheres e 1.181 homens, com mais de 15 anos.
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Pentágono afirma que EUA posicionam navios e aviões perto da Líbia, mas Hillary descarta ação naval
As Forças Armadas dos Estados Unidos estão posicionando navios e aviões em torno da Líbia, informou o Pentágono nesta segunda-feira (29/02). De acordo com o porta-voz do Departamento de Defesa, o coronel Dave Lapan, "o exército norte-americano estuda vários planos de contingência".
"Nós estamos reposicionando forças, em caso de necessidade para que ofereçam essa flexibilidade uma vez que as decisões forem tomadas", afirmou em declarações à imprensa.
Para Lapan, o reposicionamento das forças navais e aéreas daria aos Estados Unidos um leque de possibilidades para intervir na crise líbia. O coronel, porém, disse que esta é apenas uma das possibilidades a ser analisada, mas não deixou claro se recebeu uma ordem do presidente Barack Obama para realizar a mudança de posicionamento, nem que possíveis ações são consideradas por ele.
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, por sua vez, garantiu que os EUA não planejam nenhuma ação militar contra a Líbia
"Não há nenhuma ação militar pendente envolvendo navios dos EUA", disse ela, em uma sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra, na Suíça.
Segundo Hillary, os EUA estão enviando equipes de auxílio para as fronteiras da Líbia com o Egito e a Argélia para auxiliar os refugiados. "Nós acreditamos que haverá a necessidade de suporte para intervenção humanitária. Haverá também, provavelmente, a necessidade de missões de resgate, infelizmente, e não necessariamente militar”, afirmou a secretária.
Mais tarde, a embaixadora dos EUA no ONU, Susan Rice, concedeu uma entrevista coletiva na Casa Branca para dar informações sobre a reunião entre Barack Obama e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. A embaixadora reiterou o pedido de seu governo para que Kadafi deixe o poder e também confirmou que o estabelecimento de uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia é uma séria opção.
Porém, Rice se mostrou cautelosa na hora de se pronunciar sobre uma hipotética intervenção militar norte-americana à Líbia.
Para ela, falar de ajuda militar é "prematuro"."É uma dentro de uma ampla gama de opções. Estamos abordando as opções com nossos aliados na Otan e em outras instituições", declarou Susan.
Opera Mundi
"Nós estamos reposicionando forças, em caso de necessidade para que ofereçam essa flexibilidade uma vez que as decisões forem tomadas", afirmou em declarações à imprensa.
Para Lapan, o reposicionamento das forças navais e aéreas daria aos Estados Unidos um leque de possibilidades para intervir na crise líbia. O coronel, porém, disse que esta é apenas uma das possibilidades a ser analisada, mas não deixou claro se recebeu uma ordem do presidente Barack Obama para realizar a mudança de posicionamento, nem que possíveis ações são consideradas por ele.
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, por sua vez, garantiu que os EUA não planejam nenhuma ação militar contra a Líbia
"Não há nenhuma ação militar pendente envolvendo navios dos EUA", disse ela, em uma sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra, na Suíça.
Segundo Hillary, os EUA estão enviando equipes de auxílio para as fronteiras da Líbia com o Egito e a Argélia para auxiliar os refugiados. "Nós acreditamos que haverá a necessidade de suporte para intervenção humanitária. Haverá também, provavelmente, a necessidade de missões de resgate, infelizmente, e não necessariamente militar”, afirmou a secretária.
Mais tarde, a embaixadora dos EUA no ONU, Susan Rice, concedeu uma entrevista coletiva na Casa Branca para dar informações sobre a reunião entre Barack Obama e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. A embaixadora reiterou o pedido de seu governo para que Kadafi deixe o poder e também confirmou que o estabelecimento de uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia é uma séria opção.
Porém, Rice se mostrou cautelosa na hora de se pronunciar sobre uma hipotética intervenção militar norte-americana à Líbia.
Para ela, falar de ajuda militar é "prematuro"."É uma dentro de uma ampla gama de opções. Estamos abordando as opções com nossos aliados na Otan e em outras instituições", declarou Susan.
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