terça-feira, 1 de março de 2011

Pentágono afirma que EUA posicionam navios e aviões perto da Líbia, mas Hillary descarta ação naval

As Forças Armadas dos Estados Unidos estão posicionando navios e aviões em torno da Líbia, informou o Pentágono nesta segunda-feira (29/02). De acordo com o porta-voz do Departamento de Defesa, o coronel Dave Lapan, "o exército norte-americano estuda vários planos de contingência".

"Nós estamos reposicionando forças, em caso de necessidade para que ofereçam essa flexibilidade uma vez que as decisões forem tomadas", afirmou em declarações à imprensa.

Para Lapan, o reposicionamento das forças navais e aéreas daria aos Estados Unidos um leque de possibilidades para intervir na crise líbia. O coronel, porém, disse que esta é apenas uma das possibilidades a ser analisada, mas não deixou claro se recebeu uma ordem do presidente Barack Obama para realizar a mudança de posicionamento, nem que possíveis ações são consideradas por ele.

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, por sua vez, garantiu que os EUA não planejam nenhuma ação militar contra a Líbia

"Não há nenhuma ação militar pendente envolvendo navios dos EUA", disse ela, em uma sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra, na Suíça.

Segundo Hillary, os EUA estão enviando equipes de auxílio para as fronteiras da Líbia com o Egito e a Argélia para auxiliar os refugiados. "Nós acreditamos que haverá a necessidade de suporte para intervenção humanitária. Haverá também, provavelmente, a necessidade de missões de resgate, infelizmente, e não necessariamente militar”, afirmou a secretária.

Mais tarde, a embaixadora dos EUA no ONU, Susan Rice, concedeu uma entrevista coletiva na Casa Branca para dar informações sobre a reunião entre Barack Obama e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. A embaixadora reiterou o pedido de seu governo para que Kadafi deixe o poder e também confirmou que o estabelecimento de uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia é uma séria opção.

Porém, Rice se mostrou cautelosa na hora de se pronunciar sobre uma hipotética intervenção militar norte-americana à Líbia.

Para ela, falar de ajuda militar é "prematuro"."É uma dentro de uma ampla gama de opções. Estamos abordando as opções com nossos aliados na Otan e em outras instituições", declarou Susan.

Opera Mundi

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