terça-feira, 3 de julho de 2012

[...]
Digo adeus à ilusão
Mas não ao mundo. Mas não à vida,
meu reduto e meu reino.
Do salário injusto,
da punição injusta,
da humilhação, da tortura,
do terror,
retiramos algo e com ele construímos
um artefato, um poema,
uma bandeira.

[Ferreira Gullar, Agosto 1964]

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