terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Salas e corredores. Lugar limpo, 'desinfectado', higienizado, branco.
Pessoas que se cumprimentam, pessoas que se movimentam.
Passo pelo corredor, abro uma porta.
Pergunto, não ouço resposta.
Ao redor, armários abarrotados com processos. O chão numerado de um a sete, com pilhas de processos que se seguem e se (des)organizam.
Acima dos armários, processos.
Ao lado da janela enorme e com uma vista bonita, processos.
Sob as mesas, processos.
Segurando a porta, processos.
Confundindo as pessoas, processos.
Processos, processos, pessoas, processos.
Finalmente meu chamado foi ouvido.
Pessoal da Universidade? Processos da Lei Maria da Penha?
Não vai dar.
24 audiências hoje, não há tempo para pesquisas ou estudos.
Talvez amanhã.
Volto pra casa desolada, irritada, confusa.
O serviço público. As pessoas.
Os processos, que impatam a visão.

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